quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Um pouco antes da minha morte.

Tem dias que viver cansa...
desgasta, desencanta,
Que a alma sufoca e não descansa...

Tem dias que o átomo e a estratosfera não somam,
O ar não coopera, a esperança não espera,
A tristeza mata a quimera
E juntos morrem todos os sonhos.

Tem dias em que você repensa a vida,
Pra quê estrada, chegada ou partida
Se nada muda literalmente de lugar?
Pra quê ganhar apenas um bocado de pão?
Adjetivar a vida substancialmente entrelaçada de exaustão?
Terapia, estudo, trabalho, tentativa, espera, sofreguidão?
Ansiedade, depressão ou apenas cansaço?

Viver, ou ressignificar. Morrer simplifica?
O que traz valor à vida?
Dignidade é só trabalho?
E no final do mês apenas um salário?
Que fazer então quando já não há mais razão?
Quando tudo que você faz ou pensa é em solução?
O óleo derramado o intoxicou.

Morreu de morte matada ou de morte morrida?
Ninguém sabe, nem viu sua ferida, apenas sangrou lentamente até deixar de existir.

- Quantas vezes vou precisar morrer um pouco antes da minha morte?

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Um convite de amor...




...Um convite para amar



Sem querer ser clichê, sem pensar demais para escrever,
Porém procurando as palavras certas, por não querer me perder,
Aos poetas pedi socorro e eles vieram me socorrer.

Nada melhor que uma poesia para falar de sentimento
E do poeta, brotou poesia quando relembrei nossos momentos
Desde o dia em que te vi, na beleza que não se descreve por não ser apenas externa,
No agridoce das pipocas, num encontro que ninguém nem espera.

Ocupado estava que nem entendi,
Eram tantos os afazeres, que só depois percebi
Que jamais esqueceria o seu rosto e o que estavas a vestir.

Marcando horários, esperando momentos oportunos
E a tristeza se aproximou, como um misto de infortúnios,
Até que os céus foram benevolentes
E resolveram brindar-nos com mais um encontro ainda que virtual e distante mas sempre perto,
Surpreso sorri de canto sem saber o que dizer ao certo,
Fomos conversando, o semestre  acabando, o muito pensar foi me tomando...

O que fazer então? Louco quase me senti.
Seria gelo o que me davas ou havias desistido de mim?
O cachorro roeu nossos fios, linhas que foram tecidas e entrelaçadas, desconectavam-se sem sentido.
Retomamos nossos sentimentos, aflorados e por todos em volta percebidos.
Aos poucos fomos um ao outro nos conquistando,
E isso faz praticamente um ano...
E neste mês em que celebramos as vidas nossas
Tenho-lhe um convite, e, impedir não há quem possa,
Se o desejo de cuidar, amar e se fazer presente é o que mais me importa,
E, se diante de todos, das barreiras quebro as portas, me declaro a você:
Casas comigo? Hum...? O que vais dizer?



quarta-feira, 10 de julho de 2019

A carne redonda?



(Nessa vida, às vezes fazemos coisas e nunca paramos para pensar:
Por que faço isto? Por que creio naquilo? Por que penso assim? ... e muitos outros questionamentos são abafados pela simples ignorância ou falta de interesse em pensar o porquê das coisas, em descobrir ou simplesmente em se permitir...)