Homem ou mulher, cristão ou não cristão,
rico ou pobre todos podem passar por alguma dessas situações. a
depressão e algumas outras doenças são avassaladoras e há tratamento e
ajuda, mas sempre houve críticas do tipo “cristão não fica deprimido,
meu psicólogo é Jesus” , “isso é falta de fé”, ou “isso é mimimi”, “age
assim porque não levou umas boas palmadas”, há casos em que o doente
ainda é tratado(a) como maluco só por ter ou estar passando por um
momento como esses de ansiedade, insegurança, medo ou depressão. As
vezes somos culpados por contribuir para o estado emocional do outro,
mas nem nos damos conta de que certas atitudes ou palavras ferem quem já
tem algum tipo de problema ou dificuldade. O homem só é diferente da
mulher,muitas vezes, apenas no aspecto físico(se bem que há mulheres
mais fortes fisicamente que outros homens), mas fala-se tanto de
empoderamento feminino, de "Emancipação Feminina", de união de
classe(gênero), mas os homens são tratados como se todos fossem iguais
em tudo, principalmente nos erros. Quantas vezes um homem/menino não
ouve palavras como “homem não chora”, “filhinho da mamãe/do papai”, “que
nada é preguiçoso”, “isso aí não vai ser ninguém”, “brincando com
meninas?” “Engula o choro”, e noutras vezes quando adulto isso piora.
Apesar da emancipação das mulheres o homem ainda é visto como provedor,
como alguém que mata baratas, pega sapo pela mão ou deve ser encanador,
eletricista, técnico em informática, “super pai”e às vezes até advogado.
“Amor, conserta o liquidificador” , “pai, tem um sapo na garagem”,
“olha a barata voadora, mata, mata”, “você não vai fazer nada?” . Como
se o homem não pudesse ter medo, insegurança ou não pudesse não saber
fazer determinada coisa como o pai de outrem fazia. Parem de cobrar dos
homens aquilo que muitas vezes vocês não tem e não são. Parem de cobrar
dos homens maturidade e perfeição, parem de cobrar dos homens a
obrigação pela sua satisfação ou felicidade. Não tá tendo orgasmo?
Converse, mostre a ele o caminho, o seu jeito, deixe clara suas
preferências, conheça-o. Ou ele é o puto que vocês gostariam e rejeitam?
Empoderamento algum deve diminuir o outro ou menosprezar um sentimento.
sábado, 7 de março de 2020
quarta-feira, 4 de março de 2020
Já faz tanto tempo que deixei...
Faz quanto tempo que você não me
conhece, não ouve minhas histórias, não vê os meus retratos? Quando foi
a última vez que você me ouviu ler um poema meu ou de outro poeta como
Vinícius ou Pessoa?
Por onde
andastes na busca vã de seus interesses que não comparecestes aos meus
aniversários com uma singela lembrancinha da grande amizade que dizias
ter por mim? Você provavelmente leu o livro que eu te dei ou largou pela metade como alguns que te
emprestei, será que você em algum momento me leu? Será que lembra o nome do livro?
Talvez
meu linkedin você tenha acessado, talvez chefes como os que eu tive em
algum momento você não teria suportado, mas será que só você passou por
dificuldades e mudanças bruscas nessa vida?
Você
se recorda de onde morei? Os lugares bons que frequentei? Essas
memórias são minhas, mas em algumas você também estava lá. Recorda tudo o
que perdi, ou aquilo que eu já reconquistei? Quantas vezes em silêncio
na noite nublada silenciosamente eu gritei? Uma vez você ouviu, as
outras, nem te contei.
Se mudar fosse preciso, mudei.
Se querer fosse o poder atrativo, quis.
Se criar e inovar foi produtivo, fiz.
Você
lembra daquela vez? Não, dessa vez você não estava lá, bem provável que
eu também não lembre, pois já não fiz questão de saber, se algum dia eu
soube, não foi por você...
Qual a distância que separa o meu eu de você?
Faz quanto tempo que você realmente me visitou com apenas o objetivo de me ver?
Lembro daquela festa que você queria ir e eu já nem fui, lembro daquela vez que você me visitou porque queria fugir, mas nem perguntei de que... mas lembro do dia que visitou minha cidade e nem me esperou para almoçarmos juntos, matar a saudade que eu ainda sentia e nossa como eu queria ter lhe visto.
Lembro que eu já te perdoei por te amar e amaria e perdoaria novamente, mas lembro-me de que nunca serei a pessoa que você conheceria ou reconheceria se me visse novamente como sou.
Você não leu meus poemas, não viu minhas fotos, não sentiu minha dor, nem sorriu comigo, eu que sempre estive presente desinteressadamente.
Você apenas fingiu ou achou que sabias o que era reciprocidade? Quem realmente deixou de ser recíproco? Acho que ninguém se analisarmos o real significado dessa palavra. Eu continuei ali sempre para você, mesmo ausente, disposto a te aceitar quando você retornou, mas enxerguei que nem assim eu servi, então me retirei e deixei você a sós, como sempre quisestes.
Eu fui embora e você nem viu.
Faz quanto tempo?
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