E há muita mente vazia e egocêntrica, alguns sorrisos são tão artificiais que nem dá gosto de ver...é, perdoem mas é pouca gente olhando para dentro de si mesma. Poucos estão lendo algum livro, assistindo a bons filmes ou conversando entre os próprios membros da família, o que é um caos, ao meu ver. Gosto de almoço em família, conversas na beira da porta, contar os "causos" antigos e sinto falta, acho que há um certo saudosismo do que já experimentei talvez até de quem já fui. Admito que o mundo virtual desvirtuou muita coisa na sociedade, mas a culpa isolada seria injusta e espero que cada um reconheça-se daqui a um tempo e possa pelo menos sentir saudade de alguma coisa boa, vívida e real que lhe deixe um legado ou lhe dê um significado talvez até existencial e não estou falando de festas ou baladas banhadas a corpos seminus e perfumes exagerados e bebidas em excesso com um som alto que muitas vezes ninguém escuta a sua própria voz.
Sou daqueles que pensam que para se ter um amigo, você não precisa estar numa rede social, não pelo menos na minha(apesar de ter bons amigos assim), mas nem sei para que que ainda mantenho a bendita conta se a maioria que lá se encontra conheci no mundo real... talvez seja para matar a saudade dos que realmente estão distantes geograficamente, ou, talvez seja essa tal modernidade que ao invés de aproximar, afasta as pessoas e buscamos de uma outra forma completar aquilo que não se completa sem o contato físico, o olho no olho, o som da risada, o abraço fraterno. Paro e reflito: precisamos menos de números de aplicativos para o celular e mais de conversas longas e verdadeiras, saudáveis, menos festas e mais um dedo de prosa, menos mundo virtual e mais mundo real ou um "li num livro essa semana" e isso ser o início de um papo mais "cabeça". É bem possível que muita gente poderia se sentir mais feliz e com certeza mais completa, penso eu que também até surgiria esse saudosismo dos bons momentos e dos "velhos" amigos ou dos parentes verdadeiros que estou aqui tentando esboçar. Talvez tudo isso se tornasse um marco na mente de cada indivíduo que quisesse ter memórias.
Viver vai além...
(Emílio Mascarenhas)
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
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