quinta-feira, 30 de junho de 2011

Novo acordo ortográfico - I




- Ôo, olha o trânsito.
- Tira os acentos!
- Como?
- Assim enjoo, a águia fez um voo no zoo, agora são sem acentos por tanto...
- E o “chapeuzinho” entra aonde?
- Não é chapeuzinho, inteligência, é acênto circunflexo.
- Não serve mais?
- Serve, você só não vai mais acentuar as palavras terminadas em ôo e êem.
- Hein? Eem?
- É, ex: “Eles veem o filme, leem o livro e antes de dormir eu os abençoo.”
- ok, está certo.
- Ah, você sabia que agora as letras K,W e Y fazem parte do nosso alfabeto?
- Sim, isso eu já sabia, sempre achei que fizessem, nós usamos tanto.
- É verdade, acho isso jóia.
- Joia, isso tem ditongo aberto e é paroxitona, "oi", perderá o acento, que nem "ei".
- Ditongo? Mas o que é ditongo? Explica!
- É um som de vogal ou vocálico, como alguns preferem, com um som semivocálico(quase de vogal) emitidos num só esforço pela voz. O ditongo é diferente do hiato porque o hiato é constituído de duas vogais e pronunciado em sílabas diferentes, separadas, já o ditongo pronuncia junto.
- Me dá um exemplo de hiato?
- Aéreo, leal, pior, raiz, ruído, são hiatos.
- Geleia, joia, estreia, boia, colmeia e asteroide, sao ditongos abertos, ficam sem acentos.
- Negócio complicado, vai demorar uns cinquenta anos para o povo decorar isso.
- Cinquenta? Pode ser que demore mesmo. Se for escrever cinquenta tire o trema.
- Isso eu já fazia.
- Então, vai ficar mais fácil.
- Pera! Sabia!!!
- Que foi? Esqueceu algo?
- Sim, tenho que ir no supermercado comprar pera e uva para minha mãe.
- Ah, sim, para aqui, aqui perto tem um mercadinho que vende frutas boas.
- Vou lá comprar, me esperem, não demoro. 

E então, que tal fazer um curso e se preparar para o Enem e vestibular?


sexta-feira, 24 de junho de 2011

Não tem a ver com pontos...

De graça,
Nada que eu fizer
Me salva
Aceitar isso basta.



domingo, 12 de junho de 2011

A necessidade do avanço.



Na nova relação com o saber, precisamos entender que o sistema educacional atual precisa integrar-se ao ciberespaço, pois a interconexão com a globalização econômica e social tende a aumentar. Daqui a alguns anos o principal equipamento coletivo de memória e de armazenamento de informações, de pensamentos e de comunicação será o ciberespaço e é através desse novo suporte inusitado do conhecimento que as decisões no que se relaciona à educação devem se basear.
Há uma mutação do saber e a transição de conhecimentos não pára de crescer. As tecnologias amplificam, modificam as funções cognitivas humanas objetivando as memórias dinâmicas. Precisamos investir em novos espaços e técnicas de ensino onde possamos incluir a hipermídia, as redes de comunicação interativas e as tecnologias intelectuais que envolvem esse processo de ensino-aprendizagem. Uma página da internet, um link, nos remete à outros links, à outras informações, é uma tendência irrefreável do crescimento cibernético. A World Wide Web oferece uma ideia da surpreendente inundação de informação contemporânea. Contribuir nesse aspecto como indivíduos e como sociedade ou instituição será importante mas administrar esses conteúdos construirá um sentido de familiaridade com toda essa tendência. Não é por que não há, em alguns casos, encontros acompanhados que a “Educação à distância” deixa de exercer o seu papel, ela continua sendo uma forma de comunicação que está em ascensão, assim como a escrita esteve um dia.
Houve uma época em que o saber era transmitido pelos livros apenas e hoje é disponibilizado uma biblioteca estruturada por uma rede e por hipertextos. Precisamos garantir um domínio intelectual onde a inflação dos conhecimentos nos coloca em perigo. O portador do saber não se restringirá apenas a comunidade física e sua memória carnal mas à região do mundo virtual que nos ajudará a redescobrir objetos e reconstruir saberes, trabalharemos, então, com o coletivo inteligente.
Precisamos penetrar na nova cultura, saber valorizar e utilizar a inteligência coletiva, otimizar a sua utilização e diversificar a sua qualidade. Como educadores temos que levar esse avanço tecnológico-científico em conta. A utilização de técnicas capazes de ampliar o esforço pedagógico dos professores e dos formadores é imprescindível. Quem poderá dizer que o Audiovisual, a "multimídia" interativa, o ensino assistido por computador, a televisão educativa, a cabo, as técnicas clássicas de ensino a distância repousando essencialmente em material escrito, tutorial por telefone, fax ou internet. não são possibilidades técnicas que atendem as necessidades do discente como ser pluralista e individual? Podem parecer apenas ferramentas mas fazem toda a diferença no processo educativo e como educador e formador de opinião observo que há uma necessidade crescente de diversificar. Segundo Pierre Levy, “Os indivíduos toleram cada vez menos seguir cursos uniformes ou rígidos que não correspondem a suas necessidades reais”, isso é fato. Uma aula com programas educativos, com a utilização dos recursos da hipermídia, com os acessos a World Wide Web, ajudam na aprendizagem cooperativa onde a lousa deixa de ser o instrumento principal ou recurso único(como em alguns casos) nas mãos do professor.
Há uma necessidade de aumento da qualidade dos processos de aprendizagem pois o quantitativo não é a base da aprendizagem cooperativa. “Os professores aprendem ao mesmo tempo que os estudantes e atualizam continuamente tanto seus saberes "disciplinares" como suas competências pedagógicas.” O professor passa a ser um animador da inteligência, acompanhando e incitando a troca dos saberes. Precisamos acompanhar essas transições e mudanças na educação para que a troca dos saberes e o ensino da sociedade por ela mesma entre no contexto das nossas competências como educadores. Saliento que a produção de saberes, aprendizagem e transmissão fazem parte de nossas atividades cotidianas e integrar isso ao nosso local de trabalho contribuirá na resolução inventiva de possíveis problemas no nosso sistema educativo. A formação não pode ser desassociada da evolução que cresce, os saberes continuam crescendo e se multiplicando. Estar à frente de uma conduta da oferta pela demanda é saber gerir as competências que possuímos e isso se dará através do uso dos recursos que possuirmos nessa comunicação interativa do saber.